A família da falecida ícone da música egípcia, Umm Kulthum, condenou o anúncio de uma banda israelense de que anunciou shows com músicas da lendária cantora em diversas cidades israelenses durante o mês de novembro.
Jehan El Desouky, neta da irmã de Umm Kulthum, afirmou que Umm Kulthum não pertence apenas à sua família, mas representa a “quarta pirâmide do Egito”.
Ela descreveu a ação como uma tentativa israelense de “se apropriar do patrimônio cultural do Egito, e não apenas do legado da família de Umm Kulthum”.
Em entrevista ao programa “Acontecendo no Egito”, da MBC Masr TV, na noite de quarta-feira, El Desouky enfatizou que o uso da imagem ou da voz de Umm Kulthum por qualquer pessoa ou entidade exige permissão e autorização prévias — algo que não foi concedido. Ela acrescentou que usar o legado de Umm Kulthum em Israel, em particular, é “completamente inaceitável”, já que a cantora representa o Egito, e observou que autorizou o advogado da família a lidar com o caso.
O advogado da família, Yasser Kantoush, explicou em um pronunciamento televisionado que uma empresa detém os direitos sobre as obras de Umm Kulthum e é responsável por protegê-los. Segundo ele, serão tomadas medidas legais contra a empresa caso ela não proteja esses direitos.
A banda israelense, conhecida como Firqat Alnoor (A Orquestra da Luz), havia anunciado anteriormente planos para realizar shows com músicas de Umm Kulthum em diversas cidades israelenses, incluindo Jaffa, Haifa e Beersheba, durante o mês de novembro.
![A cantora egípcia Umm Kulthum se apresenta em 14 de novembro de 1967 na sala de concertos Olympia, em Paris. [Crédito da foto: Stringer/AFP via Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/11/GettyImages-459177384.webp)