Colonizadores israelenses ilegais incendiaram, na madrugada de sábado, uma casa palestina na vila de Abu Falah, a nordeste de Ramallah, e agrediram agricultores, jornalistas e ativistas estrangeiros perto de Nablus, na Cisjordânia ocupada, informou a mídia local, segundo a Anadolu.
Um grupo de colonos ilegais invadiu os arredores da vila de Abu Falah e incendiou uma casa térrea, queimando partes da estrutura, disseram fontes locais à agência de notícias estatal Wafa.
As forças israelenses invadiram a área e abriram fogo contra moradores que se reuniram perto do local, embora não haja relatos de feridos, informou a agência.
A ONU alertou na sexta-feira para um aumento acentuado da violência de colonos israelenses ilegais contra palestinos na Cisjordânia ocupada, relatando 264 ataques de colonos somente em outubro, o maior número mensal em quase duas décadas.
“Esse é o maior número mensal em quase duas décadas de registros, com uma média de mais de oito incidentes por dia desde 2006”, disse o porta-voz da ONU, Farhan Haq, citando o Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
Em um ataque separado, agricultores palestinos, jornalistas e ativistas estrangeiros sofreram fraturas e contusões após serem agredidos por colonos ilegais durante uma colheita de azeitonas na cidade de Beita, ao sul de Nablus, informou a Wafa.
Mohammad Hamayel, vice-prefeito de Beita, afirmou que colonos ilegais atacaram participantes da colheita de azeitonas na região da Montanha Qamas.
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino informou que suas equipes médicas atenderam vários feridos e os encaminharam a hospitais, mas não especificou o número.
Entre os feridos estavam ativistas estrangeiros de solidariedade, paramédicos e jornalistas, incluindo a repórter da Reuters, Raneen Sawafta, e dois jornalistas da Al Jazeera, segundo fontes locais citadas pela Anadolu.
Em uma decisão histórica em julho passado, o Tibunal Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação israelense do território palestino e exigiu a evacuação de todos os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
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