Adolescente palestino autista e com deficiência é detido por Israel e submetido à violência em centro de detenção, diz Haaretz

Autoridades israelenses mantêm um menino palestino autista e com deficiência detido e o submetem à violência por parte de guardas e outros presos, informou a mídia local nesta quarta-feira, segundo a agência Anadolu.

O jornal Haaretz informou que o menino de 14 anos foi detido há duas semanas pelo serviço de segurança Shin Bet e pela polícia, sob suspeita de crimes contra a segurança, sem fornecer mais detalhes.

O menino, identificado como autista e com deficiência física, residente na região central de Israel, foi preso pelas forças israelenses durante uma visita familiar à Cisjordânia ocupada. As autoridades proibiram a divulgação de seu nome e do motivo da prisão.

Sua mãe e seu advogado, que o visitaram no centro de detenção, disseram que ele está enfrentando “violência e condições brutais”.

Ao relembrar a operação israelense que resultou na prisão do filho, a mãe contou que dezenas de soldados israelenses invadiram sua casa antes do amanhecer.

“Eles entraram no quarto das crianças e apontaram rifles e lanternas para elas. Meu filho tremia; ele não conseguia ficar em pé de tanto medo”, disse ela.

“Eles não procuraram nada, apenas reviraram tudo e levaram os telefones e computadores de toda a família”, acrescentou.

Segundo o Haaretz, o menino compareceu quatro vezes ao Tribunal de Menores de Bat Yam, em Tel Aviv, onde sua detenção foi prorrogada em todas as ocasiões.

Na audiência mais recente, em 22 de outubro, o juiz Tal Levitas Ben Peretz acatou um pedido da polícia para estender a prisão preventiva do menino por mais uma semana.

Um recurso apresentado por seu advogado, Jgal Dotan, foi negado pelo juiz.

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