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ONU se mostra “extremamente” preocupada com relatos de ordem do premiê israelense para atacar Gaza, apesar do cessar-fogo

29 de outubro de 2025, às 04h06

Porta-voz do Secretário-Geral, Stephane Dujarric, em 22 de abril de 2024, na cidade de Nova York [Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images]

A ONU expressou na terça-feira preocupação com os últimos relatos sobre a ordem do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de lançar ataques na Faixa de Gaza, apesar de um acordo de cessar-fogo, relata a Anadolu.

“Acabei de ver as notícias da imprensa quando você chegou. Posso dizer que essas notícias são extremamente preocupantes”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, em entrevista coletiva, acrescentando que não sabe se a equipe da ONU em solo foi avisada previamente.

“Não queremos que a situação retroceda. É importante que todas as partes envolvidas no cessar-fogo o cumpram. Não queremos que civis sejam bombardeados novamente. Não queremos que nossas operações sejam novamente criticadas”, enfatizou.

Os comentários de Dujarric foram feitos após relatos, citando o gabinete do primeiro-ministro israelense, de que Benjamin Netanyahu instruiu o exército a realizar ataques poderosos na Faixa de Gaza, acusando o Hamas de violar a trégua.

O cessar-fogo está em vigor no enclave desde 10 de outubro, sob o plano de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump.

A primeira fase do acordo inclui a libertação de reféns israelenses em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos. O plano também prevê a reconstrução de Gaza e o estabelecimento de um novo mecanismo de governo sem o Hamas.

Israel matou mais de 68.000 pessoas, principalmente mulheres e crianças, em Gaza desde outubro de 2023, e reduziu o enclave a escombros.

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