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Bélgica prende ativista egípcio Anas Habib após suposta ameaça ao presidente Sisi

25 de outubro de 2025, às 09h03

Ativista egípcio Anas Habib. [Wahaj Bani Moufleh/Middle East Images/AFP via Getty Images]

As forças de segurança belgas prenderam o ativista egípcio Anas Habib e seu irmão Tarek Habib em Bruxelas durante a visita do presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi à Bélgica, informou a mídia egípcia.

De acordo com as reportagens, as prisões foram feitas sob alegações de que Habib estava monitorando e ameaçando o presidente Sisi enquanto ele estava em Bruxelas para participar da Cúpula Egito-UE. A polícia deteve os dois irmãos em seu hotel e confiscou seus celulares como parte da investigação.

Fontes locais disseram que as autoridades belgas estão em coordenação com seus homólogos egípcios para determinar a natureza das supostas ameaças e se houve algum complô. Nem as autoridades belgas nem a Embaixada do Egito em Bruxelas emitiram declarações formais sobre as prisões.

O incidente ocorreu semanas após a polícia holandesa ter detido Anas Habib para interrogatório sobre um suposto ataque à Embaixada do Egito em Haia. Ele foi libertado após uma investigação.

O presidente Sisi chegou a Bruxelas no início desta semana para participar da primeira Cúpula Egito-UE, onde se reuniu com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Nas últimas semanas, várias embaixadas egípcias na Europa foram alvo de manifestantes. O Cairo descreveu esses incidentes como “ações maliciosas e suspeitas” com o objetivo de desviar a atenção internacional dos “crimes israelenses em Gaza”. Os manifestantes acusaram o Egito de cooperar com o bloqueio da Faixa de Gaza.