clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Netanyahu diz que 153 toneladas de bombas foram lançadas sobre Gaza e admite violação do acordo de cessar-fogo

21 de outubro de 2025, às 05h41

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, durante uma coletiva de imprensa com o presidente dos EUA, Donald Trump (não retratado), no Salão de Jantar de Estado da Casa Branca, em Washington, DC, EUA, na segunda-feira, 29 de setembro de 2025. [Will Oliver/EPA/Bloomberg via Getty Images]

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, gabou-se na segunda-feira de que seu exército atacou a Faixa de Gaza no domingo com 153 toneladas de bombas, o que equivale a uma admissão de violação do acordo de cessar-fogo, relata a Anadolu.

Ao discursar na abertura da sessão de inverno do Knesset, Netanyahu enfrentou repetidas interrupções de parlamentares da oposição que protestavam contra as políticas de seu governo e o prolongamento deliberado da guerra israelense em Gaza.

“Durante o cessar-fogo, dois soldados caíram… Nós os atingimos com 153 toneladas de bombas e atacamos dezenas de alvos em toda a Faixa de Gaza”, disse ele.

A assessoria de imprensa do governo de Gaza relatou 80 violações do cessar-fogo por parte de Israel desde que o acordo patrocinado pelos EUA entrou em vigor em 10 de outubro, resultando na morte de 97 palestinos, incluindo 44 somente no domingo, e em outros 230 feridos.

Tel Aviv alegou que o Hamas atacou suas forças na cidade de Rafah, no sul do país. O grupo palestino negou qualquer envolvimento e reafirmou seu compromisso com o acordo de cessar-fogo.

O acordo de cessar-fogo foi anunciado em 10 de outubro, com base em um plano em fases apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A primeira fase incluiu a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

O plano também prevê a reconstrução de Gaza e o estabelecimento de um novo mecanismo de governo sem o Hamas.

Desde outubro de 2023, a guerra genocida israelense matou mais de 68.200 pessoas e feriu mais de 170.200, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

LEIA: Documentário brasileiro faz retrato brutal da Palestina e rompe com a neutralidade