Mais de 1,5 milhão de palestinos ficaram desabrigados e 60 milhões de toneladas de escombros cobrem a Faixa de Gaza após dois anos de bombardeios israelenses devastadores, de acordo com Amjad Shawa, diretor da Rede da Sociedade Civil de Gaza.
Shawa afirmou que entre 300.000 e 400.000 moradores deslocados conseguiram retornar recentemente a áreas na Cidade de Gaza e no norte da Faixa de Gaza desde que o cessar-fogo entrou em vigor, mas alertou que eles estão enfrentando condições de vida terríveis e o colapso quase total da infraestrutura essencial.
“A catástrofe humanitária causada pela agressão não tem precedentes na história moderna”, disse Shawa, observando que mais de 80% das casas em todo o enclave foram destruídas, tornando a reconstrução “um dos maiores desafios que Gaza enfrentará no próximo período”.
Ele pediu uma intervenção internacional urgente para lançar um plano abrangente de resgate e recuperação para o território devastado.
Separadamente, o diretor da Sociedade de Assistência Médica em Gaza relatou que as unidades de saúde na Cidade de Gaza estão sofrendo com uma grave escassez de suprimentos e equipamentos médicos essenciais, dificultando o tratamento de milhares de pacientes e feridos.
A escassez inclui medicamentos, soluções intravenosas, materiais de esterilização e instrumentos de primeiros socorros, disse ele, acrescentando que as equipes médicas continuam operando em condições extraordinariamente difíceis.
“Se a situação atual continuar, o que resta do sistema de saúde de Gaza corre o risco de colapso total”, alertou, instando as organizações internacionais a acelerar a entrega de ajuda médica urgente.
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