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Palestina faz preparativos para lidar com as consequências da guerra israelense em Gaza

10 de outubro de 2025, às 09h52

Fumaça se eleva sobre a destruição após os ataques israelenses em andamento na Cidade de Gaza, Gaza, em 7 de outubro de 2025. [Mohammed Nassar/Agência Anadolu]

A Autoridade Palestina (AP) concluiu os preparativos para lidar com as consequências da devastadora guerra israelense em Gaza, incluindo a remoção de escombros e os planos para uma conferência de reconstrução, informou o Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na quinta-feira, segundo a Anadolu.

Em um comunicado após uma reunião em Ramallah, o comitê afirmou que a AP “finalizou todos os preparativos necessários para lidar com as consequências da guerra destrutiva – principalmente a remoção de escombros, o fornecimento de socorro aos afetados e a aceleração da convocação de uma conferência internacional para a reconstrução de Gaza, em coordenação com o Egito”.

Um acordo de cessar-fogo foi anunciado na quinta-feira em Sharm el-Sheikh, resort egípcio no Mar Vermelho, para encerrar a guerra de dois anos de Israel na Faixa de Gaza.

O comitê acolheu o convite do Egito para iniciar um diálogo nacional palestino inclusivo entre todas as facções, chamando-o de um passo crucial para “fortalecer a unidade palestina em todas as terras palestinas ocupadas e abrir caminho para a implementação de resoluções internacionais relevantes, particularmente a solução de dois Estados”.

A OLP também saudou os resultados do recém-anunciado acordo de cessar-fogo e elogiou os esforços de mediação do presidente dos EUA, Donald Trump, juntamente com a Turquia, o Egito e o Catar.

O comitê pediu a implementação integral das disposições do acordo, incluindo um “cessar-fogo imediato e total, a retirada das forças israelenses de todos os territórios de Gaza e a rápida entrega de ajuda humanitária para acabar com a fome causada pela agressão”.

Em 29 de setembro, Trump revelou um plano de 20 pontos para Gaza, que inclui a libertação de todos os prisioneiros israelenses em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, um cessar-fogo permanente e a retirada gradual das forças israelenses de toda a Faixa de Gaza.

A segunda fase do plano prevê o estabelecimento de um novo mecanismo de governo em Gaza sem a participação do Hamas, a formação de uma força de segurança composta por palestinos e tropas de países árabes e islâmicos e o desarmamento do Hamas. O plano também prevê financiamento árabe e islâmico para a nova administração e reconstrução da Faixa de Gaza, com participação limitada da Autoridade Palestina.

Países árabes e muçulmanos acolheram o plano, mas algumas autoridades também afirmaram que muitos detalhes dele precisam de discussão e negociações para serem totalmente implementados.