A Autoridade Palestina (AP) concluiu os preparativos para lidar com as consequências da devastadora guerra israelense em Gaza, incluindo a remoção de escombros e os planos para uma conferência de reconstrução, informou o Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na quinta-feira, segundo a Anadolu.
Em um comunicado após uma reunião em Ramallah, o comitê afirmou que a AP “finalizou todos os preparativos necessários para lidar com as consequências da guerra destrutiva – principalmente a remoção de escombros, o fornecimento de socorro aos afetados e a aceleração da convocação de uma conferência internacional para a reconstrução de Gaza, em coordenação com o Egito”.
Um acordo de cessar-fogo foi anunciado na quinta-feira em Sharm el-Sheikh, resort egípcio no Mar Vermelho, para encerrar a guerra de dois anos de Israel na Faixa de Gaza.
O comitê acolheu o convite do Egito para iniciar um diálogo nacional palestino inclusivo entre todas as facções, chamando-o de um passo crucial para “fortalecer a unidade palestina em todas as terras palestinas ocupadas e abrir caminho para a implementação de resoluções internacionais relevantes, particularmente a solução de dois Estados”.
A OLP também saudou os resultados do recém-anunciado acordo de cessar-fogo e elogiou os esforços de mediação do presidente dos EUA, Donald Trump, juntamente com a Turquia, o Egito e o Catar.
O comitê pediu a implementação integral das disposições do acordo, incluindo um “cessar-fogo imediato e total, a retirada das forças israelenses de todos os territórios de Gaza e a rápida entrega de ajuda humanitária para acabar com a fome causada pela agressão”.
Em 29 de setembro, Trump revelou um plano de 20 pontos para Gaza, que inclui a libertação de todos os prisioneiros israelenses em troca de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, um cessar-fogo permanente e a retirada gradual das forças israelenses de toda a Faixa de Gaza.
A segunda fase do plano prevê o estabelecimento de um novo mecanismo de governo em Gaza sem a participação do Hamas, a formação de uma força de segurança composta por palestinos e tropas de países árabes e islâmicos e o desarmamento do Hamas. O plano também prevê financiamento árabe e islâmico para a nova administração e reconstrução da Faixa de Gaza, com participação limitada da Autoridade Palestina.
Países árabes e muçulmanos acolheram o plano, mas algumas autoridades também afirmaram que muitos detalhes dele precisam de discussão e negociações para serem totalmente implementados.








