O comissário europeu para gestão de crises pediu na quarta-feira acesso humanitário urgente e irrestrito a Gaza, enfatizando que vidas estão em jogo, relata a Anadolu.
“Todos os dias, civis em Gaza lutam sem os cuidados médicos de que desesperadamente necessitam”, escreveu Hadja Lahbib na plataforma de mídia social americana X.
Ela afirmou que 94 toneladas de suprimentos médicos vitais chegaram a Al-Arish, no Egito, na segunda-feira, com o apoio da UE, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA).
“Quando vidas estão em jogo, esperar não é uma opção. Peço acesso irrestrito à ajuda agora”, acrescentou.
O exército israelense retomou seus ataques à Faixa de Gaza em 18 de março e, desde então, matou 13.280 pessoas e feriu outras 56.675, rompendo um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em janeiro.
O Ministério da Saúde de Gaza informou na quarta-feira que duas pessoas, uma delas uma criança, morreram de fome nas últimas 24 horas, elevando o número de mortes relacionadas à fome desde outubro de 2023 para 455 pessoas, incluindo 151 crianças.
O relatório afirma que 177 pessoas, incluindo 36 crianças, morreram de fome desde que a Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), apoiada pela ONU, declarou fome em Gaza em agosto.
Em 22 de agosto, a IPC declarou fome na Cidade de Gaza e alertou que ela se espalharia para o centro e o sul de Gaza até o final de setembro.
Israel mantém todas as passagens de fronteira com Gaza fechadas desde 2 de março, bloqueando a ajuda humanitária e levando o enclave à fome, apesar do acúmulo de caminhões de ajuda humanitária em suas fronteiras.
Israel ocasionalmente permite a entrada de quantidades muito limitadas de ajuda, mas esses carregamentos não atendem às necessidades básicas e não acabaram com a fome. A maioria dos caminhões foi saqueada por gangues que o governo de Gaza acusa Israel de proteger.








