A contínua escavação de túneis por Israel perto da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, está levantando alegações de motivações políticas e temores pela integridade estrutural do local sagrado, de acordo com especialistas e imagens recentes, relata a Anadolu.
Os controversos túneis foram filmados na segunda-feira, 29 de setembro, pela Anadolu.
Os túneis, promovidos como projetos arqueológicos, são vistos pelos críticos como um esforço para reforçar as reivindicações históricas de Israel sobre Jerusalém. No entanto, essas atividades são alegadamente violadoras do direito internacional e dos acordos de “status quo”.
A recente inauguração do túnel “Estrada dos Peregrinos” pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu é um dos muitos projetos desse tipo na região. Essas atividades se intensificaram em meio à guerra em Gaza e ao aumento das visitas de autoridades israelenses ao complexo da mesquita.
Ações provocativas, como um parlamentar de extrema direita hasteando a bandeira israelense dentro de Al-Aqsa e um ministro pedindo a construção de um templo judaico em seu lugar, alimentaram temores de que as escavações visem minar a mesquita, seja diretamente ou causando danos estruturais.
Israel está realizando escavações sob a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental ocupada, e destruindo artefatos islâmicos, declarou a província palestina de Jerusalém em agosto passado.
Um comunicado da província afirmou que vídeos vazados mostraram escavações ilegais sendo realizadas pelas forças israelenses sob o local do foco de conflito.
Acusou as autoridades israelenses de “destruir deliberadamente artefatos islâmicos que datam do período omíada, que servem como prova viva e indício conclusivo da legítima propriedade muçulmana do local”.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do mundo para os muçulmanos. Os judeus chamam a área de Monte do Templo, alegando que ali existiam dois templos judaicos na antiguidade.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde Al-Aqsa está localizada, durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967. O país anexou a cidade inteira em 1980, em um movimento nunca reconhecido pela comunidade internacional.
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