![Manifestantes se reúnem em frente ao Tribunal Superior do Reino Unido exigindo o fim do fornecimento de armas usadas nos ataques a Gaza, em Londres, Reino Unido, em 13 de maio de 2025. [Raşid Necati Aslım/ Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/10/AA-20250513-37935205-37935192-UK_HIGH_COURT_TO_HEAR_CASE_ON_ARMS_SALES_TO_ISRAEL-1.webp)
Um total de 110.000 balas foram enviadas da Grã-Bretanha para Israel em agosto, em meio à contínua ofensiva genocida do exército israelense em Gaza, de acordo com uma nova investigação do Canal 4, relata a Anadolu.
A remessa, avaliada em cerca de £ 20.000 (quase US$ 27.000), faz parte de um aumento mais amplo nas exportações de armas do Reino Unido para Israel, com remessas totais em agosto ultrapassando £ 150.000 – o segundo maior total mensal desde janeiro de 2022.
De acordo com o relatório, os itens recebidos em uma remessa foram categorizados como “balas” no código alfandegário de Israel.
Outras remessas naquele mês incluíram peças para “tanques”, peças “de espingardas ou rifles” e uma ampla categoria “outros”, abrangendo projéteis, explosivos e munição.
“Nossa análise dos dados da Autoridade Tributária de Israel mostra munições no valor de cerca de £ 400.000 chegando do Reino Unido e passando pela alfândega israelense em junho de 2025 – o maior valor em um único mês desde que os registros disponíveis começaram há mais de três anos”, afirma o relatório.
O governo do Reino Unido anunciou em setembro de 2024 que havia suspendido 29 licenças para exportar armas para Israel, que acreditava “poderem ser usadas em graves violações do Direito Internacional Humanitário”.
Cerca de 350 licenças permanecem ativas, com mais de 160 listadas como “militares”.
Na época, o governo afirmou que estava bloqueando a venda de “itens usados no atual conflito em Gaza que vão para o exército israelense”.
O relatório foi divulgado um dia após o Partido Trabalhista britânico, no poder, aprovar uma moção declarando que a ONU havia concluído que Israel está cometendo genocídio em Gaza – uma conclusão que contrasta fortemente com a recusa do governo em declarar genocídio.
O exército israelense matou mais de 66.000 palestinos, a maioria mulheres e crianças, em Gaza desde outubro de 2023. O bombardeio implacável tornou o enclave praticamente inabitável e levou à fome e à disseminação de doenças.
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