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Israel destruiu a presença cristã na Palestina, alerta alto-comitê de igrejas

30 de setembro de 2025, às 03h44

Danos à Igreja de Santo Porfírio, que abrigava refugiados, após bombardeios israelenses, na Cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

O Alto-Comitê Presidencial para Assuntos das Igrejas na Palestina alertou neste domingo (28) que Israel destruiu a presença cristã no país, ao manter seus bombardeios a templos e instituições, sobretudo ao longo da guerra de extermínio em Gaza.

Em postagem no Facebook, a associação eclesiástica compartilhou uma fotografia de um tanque de guerra israelense posicionado em frente à Igreja da Natividade, durante invasão militar a Belém, na Cisjordânia ocupada, em 2002.

A nota desmentiu alegações do foragido internacional e premiê Benjamin Netanyahu, em seu discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, na sexta-feira (26), no qual insistiu que seu país seria o único no Oriente Médio a proteger cristãos.

“No salão quase vazio da Assembleia Geral, o criminoso de guerra Netanyahu, outra vez, espalhou mentiras sobre os cristãos palestinos”, declarou a entidade. “A verdade é clara: As políticas coloniais israelenses, de limpeza étnica, apartheid e genocídio, devastaram a presença cristã na Palestina ocupada”.

O comitê lembrou que “antes da Nakba de 1948, cristãos palestinos eram 12.5% dentre a população da Palestina histórica” — Gaza, Cisjordânia, Jerusalém e o território designado Israel. “Hoje, apenas 1.2% segue na Palestina histórica e 1% nos territórios ocupados em 1967”.

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