Forças da ocupação israelense invadiram dezenas de casas e prenderam sete palestinos na segunda-feira (28), na aldeia de Kafr Sur, ao sul de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, reportou a agência de notícias Anadolu.
Fawaz Hamzeh, chefe do conselho de Kafr Sur, ressaltou que o ataque teve início às três horas da madrugada no horário local. Tropas invadiram casas, saquearam propriedades e interrogaram residentes.
Tropas se espalharam por sete bairros, perturbando famílias. Uma residência foi tomada, convertida em posto militar e centro para interrogatórios, prosseguiu Hamzeh.
Para além de Kafr Sur, o exército ocupante conduziu incursões a múltiplas localidades da Cisjordânia, também na segunda-feira. Foram registrados ataques em Nablus e Qalqilya, no norte, e no campo de refugiados de al-Amari, em Ramallah, na região central.
Israel escalou ataques à Cisjordânia no contexto do genocídio em Gaza, com demolições de casas, deslocamento à força, pogroms coloniais contra palestinos nativos e expansão ilegal dos assentamentos. Oficiais israelenses prometem anexar o território.
Mais de mil palestinos foram mortos e dez mil feridos por forças e colonos israelenses na Cisjordânia, desde outubro de 2023. Outros dez mil foram aprisionados arbitrariamente, muitos sem julgamento ou acusação — reféns, por definição.
Em julho de 2024, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) admitiu a ilegalidade da ocupação em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, ao reivindicar a evacuação de colonos e soldados e reparações aos nativos; contudo, sem aval de Israel.
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