Espanha aprova embargo total de armas a Israel e alerta Netanyahu sobre assassinatos em Gaza

2 meses ago

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Pessoas carregando uma bomba inflável com os dizeres "Acabem com o comércio de armas com Israel" passam pelo Parlamento Espanhol em Madri, Espanha, em 5 de outubro de 2024 [Marcos del Mazo/LightRocket via Getty Images]

O Conselho de Ministros da Espanha aprovou na terça-feira um embargo “total” de armas a Israel, aumentando a pressão sobre o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre o assassinato de palestinos em Gaza, relata a Anadolu.

O ministro da Economia, Carlos Cuerpo, disse que a decisão é “mais uma prova do compromisso político do governo e da liderança internacional da Espanha e do primeiro-ministro com o respeito aos direitos humanos”, informou o El País.

O embargo, anunciado anteriormente pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, vai além das restrições parciais anteriormente em vigor e inclui a proibição da exportação de armas, do trânsito de combustível e da importação de produtos e serviços dos territórios ocupados.

“A Espanha já tinha proibições parciais, como a Eslovênia, a Bélgica e a Holanda, mas com esta medida, somos o primeiro país a proibir a exportação de armas, o trânsito de combustível e a importação… abrindo caminho para a UE”, afirmou Sumar, parceiro de coalizão de esquerda, em um comunicado.

No entanto, a líder do Podemos, Ione Belarra, criticou o momento, dizendo que a medida veio tarde demais.

“Os embargos de armas são implementados antes que crimes de guerra sejam cometidos, não com 60.000 vítimas inocentes”, disse ela.

O Partido Popular (PP), de oposição conservadora, deixou seu apoio ao embargo “em aberto”, com a porta-voz parlamentar Ester Muñoz afirmando que o partido aguardaria para ver o texto do decreto real.

Muñoz alertou sobre potenciais riscos à “segurança” da Espanha, observando que “muitos componentes” utilizados pelas forças de segurança espanholas são de origem israelense.

“Peço que não se banalize; é uma questão complexa”, acrescentou.

A porta-voz do governo e ministra da Educação, Pilar Alegria, reiterou a posição da Espanha sobre o reconhecimento da Palestina, relembrando as declarações de Sánchez na ONU.

“Como o primeiro-ministro sublinhou na ONU, reconhecer o Estado da Palestina é urgente. A Espanha o fez em maio e agora vemos muitos países como França, Portugal, Canadá, Reino Unido e Austrália seguindo o exemplo. A Espanha desempenhou um papel fundamental desde o início no apoio à coexistência por meio de uma solução de dois Estados”, disse Alegria.

A Espanha já havia divulgado um pacote de sanções de nove pontos contra Israel em 9 de setembro, mas adiou a aprovação do embargo total de armas e medidas relacionadas por “razões técnicas e legais” até terça-feira.

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