O Comitê Nacional Palestino para o Movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) afirmou na segunda-feira que a gigante varejista francesa Carrefour se retirou totalmente do Bahrein e do Kuwait sob pressão de campanhas de boicote constantes.
De acordo com um comunicado do BDS, as operações do Carrefour em ambos os países — administradas pelo Grupo Majid Al Futtaim dos Emirados — foram encerradas após sofrerem “pesadas perdas financeiras” e danos à reputação relacionados à cumplicidade da empresa em ações israelenses contra palestinos.
A campanha global de boicote contra o Carrefour foi lançada em dezembro de 2022, após revelações de que o Carrefour Israel havia fornecido cestas básicas e pacotes de presentes a soldados israelenses e organizado campanhas de arrecadação de fundos em seu nome. O grupo também acusou a rede de forjar parcerias com bancos israelenses e empresas de tecnologia implicadas em violações de direitos humanos.
A campanha #LetsBoycottCarrefour se expandiu desde então para o mundo árabe e além, com protestos, petições, compromissos públicos, iniciativas culturais e mobilização online. Apesar das restrições em alguns países, o movimento afirmou que as ações populares se intensificaram.
A declaração do BDS também citou dados financeiros, dizendo que os lucros líquidos do Carrefour Group caíram 50% em 2024 em comparação a 2023, enquanto o Majid Al Futtaim relatou uma queda de 47% nos lucros do varejo devido à queda da confiança do consumidor em mercados como Jordânia, Marrocos, Egito, Tunísia, Bahrein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
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