O gabinete de comunicação do governo em Gaza reportou nesta quinta-feira (18) que ao menos 3.542 palestinos foram mortos nos últimos 38 dias, com média diária de 93 mortes desde que Israel deflagrou sua ofensiva por terra em 11 de agosto.
Em nota, a agência notou que 1.984 pessoas (56%) foram mortas no norte de Gaza, com o restante — 1.558 pessoas — no centro-sul, designado “zona humanitária” por Israel.
Segundo o comunicado, a distribuição das vítimas mostra que o exército israelense busca “alvejar especificamente” a Cidade de Gaza, no centro-norte, para expulsar os residentes de suas casas.
Além disso, incidentes em áreas designadas seguras mostram dolo nos ataques a civis e mesmo abrigos.
Para a agência, os números são prova de uma “política sistêmica de genocídio”, incluindo assassinatos em massa, destruição generalizada e deslocamento à força.
O alerta voltou a requerer da comunidade internacional, das Nações Unidas e do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) a agirem para parar os crimes de guerra e responsabilizar os líderes israelenses.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 65 mil mortos, 165 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome. Dentre as mortes, ao menos dezoito mil são crianças.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.
Israel é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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