Smotrich descreve Gaza em ruínas como ‘bonança’ ao mercado imobiliário

O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, caracterizou nesta quarta-feira (17) a devastação em Gaza como “bonança” imobiliária, ao confessar contato com Washington sobre a partilha colonial do enclave no suposto pós-guerra.

“Há uma enorme riqueza imobiliária em Gaza”, admitiu Smotrich em Tel Aviv, na chamada Cúpula de Cúpula de Regeneração Urbana, a oligarcas do setor. “Compartilharemos os espólios com os americanos”.

Questionado sobre novos assentamentos em Gaza, Smotrich ressaltou que “um plano de negócios, preparado por experts, já está sobre a mesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump”.

Smotrich confessou ainda as intenções da campanha militar em curso: “Ao concluirmos as demolições e hora, agora, de construir”.

“Pagamos um duro preço nesta guerra [sic]”, acrescentou, “e devemos dividir a terra”

Smotrich citou ainda declarações recentes do premiê Benjamin Netanyahu de que Israel deve tornar uma “super-Esparta”, ao apregoar: “Nós não precisamos de desenvolvimento industrial. O poderio militar de Israel virá de outras maneiras”.

Seus comentários coincidem com denúncias e alertas de que Israel usa a destruição em Gaza, deliberadamente, para fins expansionistas, incluindo limpeza étnica, com anuência dos Estados Unidos.

As ações são crime de guerra, investigadas como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

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