O Líbano lançou no sábado a quarta fase de seu plano para coletar armas dos campos de refugiados palestinos, de acordo com relatos da mídia local, segundo a Anadolu.
O exército começou a receber armas do campo de Beddawi, no norte do Líbano, e do campo de Ain al-Hilweh, perto da cidade de Sidon, no sul, informou o jornal An-Nahar. A segurança nos campos foi reforçada durante o processo.
A iniciativa segue etapas anteriores, nas quais o exército coletou armas em vários campos: Burj al-Barajneh, nos subúrbios ao sul de Beirute, em 21 de agosto; Rashidieh, Al-Buss e Burj al-Shamali, perto de Tiro, em 28 de agosto; e Burj al-Barajneh, Mar Elias e Shatila, em 29 de agosto.
No mês passado, o Gabinete do Líbano decidiu restringir o porte de todas as armas, incluindo as do Hezbollah, ao Estado. O exército foi encarregado de elaborar um plano para atingir esse objetivo até o final de agosto e implementá-lo antes do final de 2025.
No entanto, o Secretário-Geral do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o grupo não entregaria suas armas a menos que Israel se retirasse do território libanês ocupado, interrompesse a agressão, libertasse prisioneiros e iniciasse a reconstrução.
Um cessar-fogo foi firmado em novembro de 2024, após meses de guerra transfronteiriça entre Israel e o Hezbollah, e uma guerra em larga escala em setembro de 2024.
Sob a trégua, Israel deveria se retirar totalmente do sul do Líbano até janeiro, mas retirou apenas parcialmente suas tropas e mantém presença militar em cinco postos fronteiriços.
O Líbano abriga mais de 493.000 refugiados palestinos, a maioria dos quais vive em condições precárias em campos administrados por facções palestinas sob acordos informais decorrentes do Acordo do Cairo de 1969.
Mais da metade reside em 12 campos oficialmente reconhecidos pela Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA). O exército e as forças de segurança libanesas não entram nesses campos, mas impõem medidas rigorosas em seu entorno.








