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Diáspora palestina pede ‘medidas práticas’ pelo fim do genocídio em Gaza

19 de setembro de 2025, às 12h28

Tendas improvisadas aos palestinos deslocados pelos ataques de Israel, em Khan Younis, no sul de Gaza, em 13 de setembro de 2025 [Hassan Jedi/Agência Anadolu]

A Conferência Popular para Palestinos na Diáspora emitiu uma carta aberta à véspera de uma cúpula árabe-islâmica em Doha, no Catar, neste fim de semana, ao reivindicar ações práticas dos regimes envolvidos.

Para o grupo, o evento — que reúne Liga Árabe e Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), em resposta aos ataques de Israel a Doha — coincide com um momento histórico, frente ao genocídio e limpeza étnica em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém.

A carta alegou apreciar as posições “resilientes” do Catar em apoio político e humanitário à Palestina e Gaza, em particular.

“Reiteramos nossa plena solidariedade ao Catar diante das recentes agressões de Israel, bem como tentativas de minar seu papel internacional”, observou o documento. “Nosso povo não se esquecerá das contribuições de Doha à justa causa palestina”.

A carta enfatizou, porém, três pontos:

  • O direito palestino de resistir à ocupação e exercer sua autodeterminação, como princípio consagrado na lei internacional, inalienável, portanto, frente a condições ou cerceamentos externos;
  • A demanda por solidariedade árabe-islâmica e medidas coordenadas, não como opção política, mas urgência em defesa da comunidade civil palestina e pelo fim do genocídio;
  • A demanda por ações práticas pelo fim imediato do cerco e genocídio em Gaza e além, bem como para responsabilizar os líderes israelenses por seus crimes nas cortes e instituições internacionais.

Ao concluir, a conferência reafirmou: “O povo palestino, em casa e na diáspora, é a quem cabe unicamente esta causa. Qualquer caminho que ignore seus anseios e direitos está fadado ao fracasso. Contudo, seguimos convencidos de que uma postura unida e genuína árabe-islâmica faz diferença, caso embasada em proteger o povo palestino e salvaguardar nosso direito legítimo por liberdade, retorno e autodeterminação”.