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‘Terrorismo renovado’: MSF denuncia escalada israelense em Gaza

15 de setembro de 2025, às 12h41

Destruição causada por bombardeios israelenses ao bairro de Rimal, na Cidade de Gaza, em 13 de setembro de 2025 [Abdalhkem Abu Riash/Agência Anadolu]

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou para a escalada da crise humanitária em Gaza, ao ressaltar que um milhão de palestinos enfrentam “terrorismo renovado” por Israel, forçados a evacuação da Cidade de Gaza à véspera de uma invasão por terra.

Christopher Lockyer, secretário-geral da MSF, indicou que, para muitos, sobretudo idosos, grávidas, doentes e feridos, escapar do bombardeio é impossível. Lockyer advertiu que os deslocados sofrem ainda superlotação no centro e sul de Gaza, onde condições básicas de segurança e sobrevivência são inexistentes.

Lockyer destacou que a situação em Gaza supera o desastre humanitário, ao descrevê-la como “genocídio sistemático de toda uma população”.

O oficial denunciou ainda impunidade, ao notar 64 mil mortos, incluindo 20 mil crianças, pelas ações israelenses; contudo, ao apontar subnotificação.

Segundo a MSF, ninguém em Gaza está seguro, incluindo profissionais de saúde e mídia, para além da infraestrutura civil. O comunicado caracterizou a campanha como “ataque tanto a pedra quanto seres humanos”.

De acordo com o alerta, Israel alveja especialmente o sistema de saúde de Gaza, ao pôr pacientes, médicos, enfermeiros e socorristas em risco.

As ações são crime de guerra.