![Bombardeios israelenses a prédios residenciais e escolas da UNRWA, no campo de refugiados de al-Shati, no oeste de Gaza, em 13 de setembro de 2025 [Khames Alrefi /Agência Anadolu]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/09/AA-20250913-39101526-39101520-ISRAELI_FORCES_TARGET_UN_SCHOOLS_AND_RESIDENTIAL_BUILDINGS_IN_GAZA.webp)
Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), reportou no domingo (14) que Israel bombardeou dez dos prédios restantes de sua instituição na Cidade de Gaza em apenas quatro dias.
Dentre os alvos, sete escolas e duas clínicas convertidas em abrigo a milhares de famílias sucessivamente deslocadas à força.
Na última semana, Israel deflagrou sua campanha gradual de demolição de prédios altos na Cidade de Gaza, avançando a residências. As ações, conforme plano de ocupação da área pelo regime israelense, agravaram a crise humanitária.
O objetivo declarado, rechaçado por organizações de direitos humanos, é coagir famílias ao sul, sob um plano israelo-americano para expulsá-las de Gaza.
Em postagem no Twitter (X), a UNRWA ecoou um alerta de Lazzarini: “Não há lugar seguro em Gaza. Ninguém está seguro”.
Segundo o oficial, “ataques aéreos se intensificaram ao norte e à Cidade de Gaza; mais e mais pessoas foram forçadas a se deslocar, desorientadas, rumo ao desconhecido”.
Sobre a catástrofe humanitária, acrescentou: “Fomos forçados a interromper os serviços de saúde no chamado Campo da Praia, que abrigava a única clínica disponível a norte de Wadi Gaza. Água e saneamento estão em apenas metade da capacidade”.