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Mais de 1.000 palestinos são detidos por forças israelenses em Tulkarm, na Cisjordânia

13 de setembro de 2025, às 05h25

Forças israelenses detêm palestinos após uma explosão em Tulkarm, Cisjordânia, em 11 de setembro de 2025. [Nedal Eshtayah/ Agência Anadolu]

Forças israelenses detiveram mais de 1.000 palestinos na cidade de Tulkarm, no norte da Cisjordânia, como parte de uma operação abrangente que já está em seu segundo dia, de acordo com autoridades locais, relata a Anadolu.

Tropas isolaram as principais entradas da cidade, invadiram casas, lojas e cafés e forçaram jovens a formar filas para interrogatórios em campo. Testemunhas disseram que soldados vandalizaram propriedades, apreenderam gravações de vigilância e utilizaram maquinário pesado, incluindo uma escavadeira, no centro da cidade.

Abdullah Kamil, governador de Tulkarm, disse na sexta-feira que a campanha equivalia a uma “punição coletiva” e apelou à comunidade internacional e a grupos de direitos humanos para intervirem, alertando para consequências humanitárias terríveis.

A mídia israelense informou que a repressão ocorreu após uma bomba na beira da estrada atingir um veículo blindado Panther perto do posto de controle de Nitzanei Oz na quinta-feira, ferindo levemente dois soldados.

As Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, e as Brigadas Al-Quds, da Jihad Islâmica, reivindicaram a responsabilidade pelo ataque, afirmando que detonaram uma grande carga explosiva contra as forças israelenses perto do posto de controle.

Tulkarm tornou-se um ponto crítico na campanha do exército, que já dura meses, no norte da Cisjordânia, onde os ataques quase diários têm se intensificado desde o início da guerra em Gaza.

Desde o início da guerra genocida de Israel na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, pelo menos 1.020 palestinos foram mortos e mais de 7.000 feridos na Cisjordânia ocupada por forças israelenses e colonos ilegais, segundo o Ministério da Saúde Palestino.

Em um parecer histórico em julho passado, a Corte Internacional de Justiça declarou ilegal a ocupação israelense de territórios palestinos. A Corte exigiu a evacuação de todos os assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.