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Exército israelense destrói arranha-céu Al-Safadi em Gaza em meio à guerra genocida

13 de setembro de 2025, às 05h22

Grande destruição após torre residencial e movimentado mercado serem alvos de ataques aéreos israelenses em Gaza. [Mohammed Asad/Monitor do Oriente Médio]

O exército israelense destruiu na sexta-feira a Torre Al-Safadi e prédios residenciais próximos no bairro de Al-Nasr, na Cidade de Gaza, informou um correspondente da Anadolu, citando testemunhas.

Os ataques aéreos causaram ampla destruição na área densamente povoada, deslocando dezenas de famílias e provocando incêndios que espalharam pânico entre os moradores.

O ataque ocorreu no sétimo dia da campanha israelense para demolir prédios altos, como parte da operação militar “Carruagens de Gideão 2”, iniciada em 5 de setembro.

Pelo menos oito torres residenciais com mais de sete andares e dezenas de prédios de apartamentos já foram arrasados ​​na Cidade de Gaza.

A Defesa Civil de Gaza afirmou que os ataques israelenses visam deliberadamente aglomerados residenciais “para forçar o deslocamento de famílias, independentemente das condições humanitárias catastróficas que enfrentam”.

Acrescentou que muitas famílias alertadas para a necessidade de evacuação lutam para encontrar abrigo alternativo e, muitas vezes, retornam às casas danificadas em poucas horas, arriscando suas vidas em meio ao colapso das estruturas.

O exército israelense ordenou repetidamente que civis deslocados se deslocassem para a área de Al-Mawasi, no sul do país, designada como “zona humanitária segura”, embora também tenha sido alvo de ataques aéreos.

Em 3 de setembro, o exército israelense declarou formalmente sua intenção de tomar toda a Cidade de Gaza após mais de três semanas de bombardeios, uma ação que gerou críticas internas em Israel pelos riscos para soldados e prisioneiros.

O Ministro da Defesa, Israel Katz, alertou que “os portões do inferno estão se abrindo para Gaza” à medida que a operação se intensifica.

A Human Rights Watch relatou no mês passado que Israel destruiu quase 90% da infraestrutura de Gaza desde outubro de 2023, incluindo casas, escolas e serviços públicos, deixando a maioria das famílias deslocadas sem nenhum lugar para se abrigar, exceto salas de aula superlotadas e prédios universitários danificados.

O exército israelense continua uma ofensiva brutal na Faixa de Gaza, matando mais de 64.700 palestinos desde outubro de 2023. A campanha militar devastou o enclave, que enfrenta a fome.