O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, compareceu ao Tribunal Distrital de Tel Aviv na quarta-feira para dar continuidade às audiências de seu longo julgamento por corrupção.
Marcou o segundo dia consecutivo de procedimentos após uma pausa de mais de um mês devido ao recesso de verão do tribunal.
Segundo o Canal 12 de Israel, a sessão foi brevemente suspensa após Netanyahu receber o que seu gabinete descreveu como um “memorando relacionado à segurança”. A natureza da mensagem não foi divulgada, mas a audiência foi retomada cerca de 40 minutos depois.
LEIA: Tensões aumentam com a rejeição egípcia às declarações de Netanyahu sobre a travessia de Rafah
Netanyahu enfrenta acusações de suborno, fraude e abuso de confiança em três casos de corrupção de alto perfil, conhecidos como Caso 1000, Caso 2000 e Caso 4000:
Caso 1000: Netanyahu e sua família teriam recebido presentes de luxo — incluindo charutos, champanhe e joias — de ricos empresários em troca de favores políticos.
Caso 2000: Netanyahu é acusado de negociar com Arnon Mozes, editor do Yedioth Ahronoth, para obter cobertura favorável da mídia.
Caso 4000: Netanyahu teria fornecido benefícios regulatórios no valor de centenas de milhões de dólares ao empresário Shaul Elovitch, então proprietário da Bezeq Communications e do site de notícias Walla!, em troca de cobertura positiva.
Apresentados pelo ex-procurador-geral Avichai Mandelblit em 2019, os casos são considerados as acusações de corrupção mais graves já movidas contra um primeiro-ministro israelense em exercício. O julgamento de Netanyahu começou em 2020.
O primeiro-ministro nega todas as alegações, classificando os casos como parte de uma “caça às bruxas política com o objetivo de derrubá-lo”.








