Presidente croata condena visita de chanceler israelense, ao citar crimes em Gaza

3 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236
Presidente da Croácia, Zoran Milanovic, em Zagreb, 25 de janeiro de 2022 [Stipe Majic/Agência Anadolu]

O presidente da Croácia, Zoran Milanovic, recusou-se nesta terça-feira (9) a se reunir com o ministro de Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, em visita oficial a Zagreb, ao citar a campanha em curso na Faixa de Gaza.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Milanovic afirmou nas redes sociais não entender a razão da visita de Saar, tampouco por que o primeiro-ministro Andrej Plenkovic, seu chanceler Gordan Grlic Radman e o líder do parlamento Gordan Jandrokovic decidiram encontrá-lo.

Para Milanovic, recebê-lo é “inaceitável”, em meio ao “genocídio contra o povo de Gaza”.

“Aceitar me reunir com alguém de seu governo seria aceitar a violência, a limpeza étnica e os crimes de guerra cometidos por Israel”, reiterou Milanovic.

O presidente criticou ainda políticos croatas por manterem apoio a enviados israelenses, em vez de aderir à onda ocidental de reconhecimento do Estado palestino.

Sobre analogias de cunho ideológico, observou: “Comparar a campanha israelense com a guerra da Croácia na década de 1990 é um tremendo erro. A Croácia de fato se defendia. Israel ataca brutalmente Gaza e mata dezenas de milhares de civis”.

Saar se deparou com protestos na capital, antes de seu encontro com Plenkovic.

A viagem integra esforços de Israel para romper a tendência de isolamento internacional, sobretudo após Estados europeus assumirem medidas e promessas para reconhecer um Estado palestino ou impor sanções à ocupação.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há quase dois anos, com ao menos 63 mil mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome. Dentre as mortes, ao menos dezoito mil são crianças.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024. Governos e companhias podem ser implicadas como cúmplices ao longo do processo.

Sair da versão mobile