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Israel transforma prisões em ‘campos de tortura’, com novas armas, alerta ong

9 de setembro de 2025, às 13h50

Penitenciária israelense de Ofer, em Jerusalém ocupada, em 19 de janeiro de 2025 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

A Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, ong de direitos humanos, no sábado (6), voltou a denunciar Israel por converter suas prisões em “campos de tortura”, após as autoridades introduzirem novos armamentos contra os detidos.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Seu presidente Abdullah al-Zaghari notou que o Serviço Penitenciário de Israel começou a equipar seus guardas com tasers e novos modelos de bala de borracha. Para al-Zaghari, a medida constitui “escalada sistemática na repressão”, incluindo risco de vida.

“Tais medidas equivalem a violações da lei internacional e de critérios básicos de direitos humanos”, observou. “Testemunhos mostram que as armas já estão sendo usadas dentro das alas carcerárias … como centro de teste”.

A ong reiterou que Israel deteve mais de 19 mil palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, incluindo 1.550 crianças, desde o início do genocídio em Gaza, em outubro de 2023. Setenta e sete palestinos morram nas prisões, quarenta e seis de Gaza.

O grupo palestino Hamas ecoou repúdio, ao caracterizar as novas armas como “escalada perigosa e sistêmica” contra presos políticos, a fim de impor trauma físico e psicológico, como uma “execução lenta”.

Organizações internacionais denunciam Israel há décadas por abusos contra palestinos em custódia, incluindo fome, negligência médica e mesmo violência sexual.