O major-general Amir Hatami, comandante-chefe do exército iraniano, confirmou que seu país está se preparando a uma nova rodada de combates com Israel, ao insistir que os 12 dias de conflito, em junho, expuseram fissuras, apesar de apoio ocidental.
Durante inspeção de batalhões em Isfahan, Tabriz e Hamadan, comentou Hatami: “Israel usufruiu de máximo apoio militar e tecnológico ocidental, incluindo assistência da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte], e ainda assim fracassou”.
Segundo Hatami, todos os ramos da defesa nacional — ar, mar e terra, além das forças de elite da Guarda Revolucionária, e cidadãos comuns — exerceram um papel em repelir os ataques, que buscavam destruir o programa nuclear do Irã.
Porém, conforme o general, seus avanços seguem intactos, “com raízes em capacidades nativas que não podem ser eliminadas por uso da força”.
Hatami insistiu que Israel e aliados tentaram mitigar o poderio de defesa iraniano, através de um plano coordenado, mas que as defesas se mantiveram firmes, com resposta eficaz frente a ameaças.
Hatami enalteceu ainda o que descreveu como “coesão sem precedentes” do povo diante dos ataques, como “fator decisivo” frente a tentativas de desestabilizar o país.
Israel atacou zonas civis, militares e nucleares do Irã em 13 de junho, com reação do país na quinzena seguinte, que rompeu os onerosos sistemas antimísseis de Tel Aviv, incluindo o Domo de Ferra.
A troca, que exauriu ambos os lados, culminou em intervenção de Washington a favor de Israel, quando Donald Trump ordenou ataques aéreos a instalações nucleares iranianas; contudo, sem danos substanciais, conforme especialistas.
No dia seguinte, Trump anunciou um cessar-fogo, sem detalhar, no entanto, os termos do acordo.








