O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou a transferência da reunião de seu gabinete de governo, neste domingo (31), a um bunker secreto, reportou o jornal local Haaretz. Netanyahu justificou a ação por ameaças dos houthis iemenitas.
Sua decisão contrapôs análises do serviço de segurança interna Shin Bet, que considerou o translado desnecessário.
Segundo as informações, fontes próximas ao premiê vincularam sua insistência, contudo, a um depoimento marcado para seu processo em curso, sob acusações de improbidade e corrupção no judiciário israelense.
O Ansar Allah — ou movimento houthi, que governa o Iêmen — confirmou lançar drones a alvos militares e estratégicos de Israel, entre os quais, a base do Comando Geral, a usina elétrica de Hadera, o aeroporto Ben Gurion e o porto de Ashdod.
O porta-voz houthi, Yahya Saree, destacou em nota que sua Força Aérea “conduziu quatro operações com drones contra alvos israelenses; a primeira, contra o prédio do Comando Geral em Jaffa ocupada, com um drone Samad-4”.
Segundo Saree, os alvos foram atingidos.
O grupo notou também atingir uma embarcação da transportadora MSC, no norte do Mar Vermelho, com dois drones e um míssil, com destino à Palestina ocupada.
Os disparos iemenitas são retaliação a uma bateria israelense que matou diversos oficiais em Sanaa, incluindo o primeiro-ministro, Ahmed al-Rahawi.
Os houthis mantêm um embargo de facto a barcos com origem ou destino a Israel, como solidariedade prática ao povo de Gaza, sob cerco, devastação e genocídio. Em 23 meses, a campanha israelense deixou 63 mil mortos e dois milhões de desabrigados.








