O fotojornalista palestino Rasmi Jihad Salem foi assassinado na noite desta terça-feira (2) por um ataque aéreo israelense na Cidade de Gaza, reportaram fontes locais.
Salem, que trabalhava para a agência Al-Manara, foi atingido junto de outros civis quando aviões de guerra israelenses alvejaram a rua Abu al-Amin, perto do entroncamento de al-Jalaa. O ataque matou Salem e deixou três feridos.
Sua morte é a segunda entre jornalistas palestinos apenas nesta terça, após, pela manhã, Imam al-Zamili, assassinado por forças ocupantes logo ao norte de Khan Younis.
Segundo dados oficiais, ao menos 249 jornalistas palestinos foram mortos por disparos e bombas israelenses desde outubro de 2023, no contexto do genocídio em Gaza, com 63 mil mortos e 155 feridos no total.
O governo em Gaza condenou os ataques deliberados a profissionais de mídia, ao instar a Federação Internacional de Jornalistas, a Federação Árabe de Jornalistas e sindicatos em todo o mundo a agirem contra os crimes em curso por parte de Israel.
No domingo (31), Islam Muhareb Abed, correspondente do canal por satélite Al-Quds Al-Youm, também foi morto por um bombardeio em Gaza.
Na semana anterior, cinco jornalistas, inclusive de agências internacionais, como Reuters e Associated Press, foram assassinados por um duplo bombardeio ao Hospital Nasser, de Khan Younis, em ação que deflagrou, novamente, repúdio internacional.
Para grupos da categoria, os ataques continuados de Israel a trabalhadores de imprensa são tentativa deliberada de silenciar a cobertura das atrocidades de Israel contra o povo palestino, em violação da lei internacional.
O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
LEIA: Milícia de colonos ilegais age em Gaza, sob supervisão militar de Israel








