Israel começou a mobilizar cerca de 60 mil reservistas para participar de sua missão para ocupação total da Cidade de Gaza, confirmou o exército na terça-feira (2), a despeito de alertas contrários internacionais.
A convocatória em massa sinaliza uma nova escalada no genocídio, em seu 23º mês, de acordo com informações da agência Anadolu.
Conforme o exército, reservistas receberão armas, equipamentos pessoais e kits táticos, bem como treinamentos em áreas urbanas e terrenos abertos “para melhorar a prontidão às missões futuras”.
O jornal israelense Maariv indicou três ou quatro dias de treino antes de envio das tropas ao chamado front norte, para acesso a Gaza.
Na sexta-feira (29), Israel declarou a Cidade de Gaza como “perigosa zona de combate”, após bombardeios contra áreas já assoladas por baixas civis e destruição generalizada da infraestrutura.
Segundo o gabinete de comunicação do governo em Gaza, o exército ocupante recorreu a robôs carregados de explosivos para aplicar uma estratégia de “terra arrasada”.
Em 8 de agosto, o premiê israelense Benjamin Netanyahu — foragido em 120 países sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia — aprovou um plano de reocupação escalonada de Gaza, incluindo transferências em massa.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 63 mil mortos e dois milhões de desabrigados. A campanha é investigada como genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia.
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![Batalhões israelenses na fronteira com Gaza, em 6 de agosto de 2025 [Amir Levy/Getty Images]](https://www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2025/09/GettyImages-2228094161-scaled-e1754643100261.webp)