O presidente do parlamento libanês pediu neste domingo um diálogo sobre o destino das armas do Hezbollah, relata a Anadolu.
“Estamos abertos a discutir o destino das armas da resistência, que são nosso orgulho e honra, sob o teto da Constituição”, disse Nabih Berri em um discurso televisionado.
Berri, aliado do Hezbollah e líder do Movimento Amal, afirmou que uma proposta recente do enviado dos EUA, Tom Barrack, de colocar todas as armas sob controle estatal “não é consistente com o princípio do controle de armas, mas sim uma alternativa a um acordo de cessar-fogo” com Israel.
Em junho, Barrack apresentou uma proposta que vinculava o desarmamento do Hezbollah à retirada israelense de cinco postos fronteiriços ocupados por Tel Aviv e à liberação de fundos para a reconstrução.
Em 5 de agosto, o Gabinete do Líbano aprovou um plano para colocar todas as armas – incluindo as do Hezbollah – sob controle estatal, incumbindo o exército de elaborar uma estratégia de implementação até o final deste mês e executá-la até o final de 2025. O Hezbollah denunciou a medida do governo como um “pecado grave”.
“Israel expandiu sua ocupação de terras libanesas, impedindo moradores de mais de 30 cidades de retornarem às suas casas”, disse Barri.
Israel lançou uma ofensiva militar no Líbano em 8 de outubro de 2023, que se transformou em uma guerra em larga escala em setembro de 2024, matando mais de 4.000 pessoas e ferindo cerca de 17.000.
Um cessar-fogo foi firmado em novembro, mas as forças israelenses têm realizado ataques quase diários no sul do Líbano, alegando ter como alvo atividades do Hezbollah.
Sob a trégua, Israel deveria se retirar totalmente do sul do Líbano até 26 de janeiro, mas o prazo foi prorrogado para 18 de fevereiro após Tel Aviv se recusar a cumprir. Israel ainda mantém presença militar em cinco postos de fronteira.
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