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Governo israelense transfere reuniões para “local secreto” após assassinar autoridades do Iêmen

1 de setembro de 2025, às 01h48

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, preside reunião enquanto o Gabinete de Segurança israelense se reúne para aprovar um acordo de cessar-fogo e um acordo de troca de prisioneiros com o Hamas, em Jerusalém Ocidental, em 17 de janeiro de 2025. [Foto de Koby Gideon (GPO)/Divulgação/Anadolu via Getty Images]

Israel transferiu duas reuniões governamentais agendadas para domingo para um “local secreto e fortificado” após ataques israelenses que mataram ministros houthis de alto escalão no Iêmen, informou a mídia israelense, segundo a Anadolu.

O grupo houthi confirmou no sábado que o primeiro-ministro Ahmed Ghalib Al-Rahawi e vários ministros foram mortos em um ataque israelense em Sanaa na quinta-feira.

O Canal 12 israelense informou que uma reunião do governo e outra do Gabinete de Segurança foram transferidas para um “local secreto e fortificado”, e a transferência foi comunicada aos ministros pouco antes de sua reunião.

As duas reuniões estão programadas para discutir diversas questões, incluindo o aumento do financiamento para instituições de segurança, a situação em Gaza, o potencial reconhecimento internacional de um Estado palestino e os desenvolvimentos em matéria de segurança no Líbano e na Síria.

De acordo com a mídia israelense, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu Gabinete de Segurança decidiram discutir apenas um acordo abrangente para a libertação de todos os reféns israelenses mantidos pelo Hamas, rejeitando uma recente proposta parcial de acordo oferecida por mediadores, apesar de seu alinhamento quase total com as condições anteriores de Israel.

O Hamas expressou repetidamente sua disposição de libertar todos os reféns israelenses em troca do fim da guerra, da retirada israelense de Gaza e da libertação de prisioneiros palestinos, mas Netanyahu insistiu em novas condições enquanto continua com os planos de reocupação de Gaza.

Israel matou quase 63.400 palestinos em Gaza desde outubro de 2023 e a campanha militar devastou o enclave, que enfrenta fome severa.

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