clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Número de mortos em Gaza se aproxima de 63.400, com mais 10 palestinos morrendo de fome

30 de agosto de 2025, às 13h07

Os corpos de palestinos são levados ao Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, para os procedimentos fúnebres por seus familiares, após os ataques israelenses a uma tenda pertencente à família Nassar na Cidade de Gaza, em 29 de agosto de 2025. [Saeed M. M. T. Jaras/ Agência Anadolu]

Pelo menos 63.371 palestinos foram mortos na guerra genocida de Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, com mais 10 pessoas morrendo de fome no enclave, informou o Ministério da Saúde no sábado, segundo a Anadolu.

As últimas mortes elevaram o número de mortes relacionadas à fome desde outubro de 2023 para 332 pessoas, incluindo 124 crianças.

Um comunicado do ministério informou que 66 corpos foram levados a hospitais nas últimas 24 horas, enquanto 345 pessoas ficaram feridas, elevando o número de feridos para 159.835 no ataque israelense.

“Muitas vítimas ainda estão presas sob os escombros e nas estradas, pois os socorristas não conseguem alcançá-las”, acrescentou.

O ministério também observou que 15 palestinos foram mortos e mais de 206 ficaram feridos por disparos do exército israelense enquanto tentavam obter ajuda humanitária nas últimas 24 horas, elevando o total de palestinos mortos em busca de ajuda para 2.218, com mais de 16.434 feridos desde 27 de maio.

Desde 2 de março, as autoridades israelenses fecharam completamente todas as passagens de fronteira de Gaza, levando a população de 2,4 milhões de habitantes do território à fome.

Uma avaliação de segurança alimentar apoiada pela ONU já confirmou a fome no norte de Gaza e espera que ela se espalhe para o sul até o final de setembro.

O exército israelense retomou seus ataques à Faixa de Gaza em 18 de março e, desde então, matou 11.240 pessoas e feriu outras 47.794, rompendo um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em janeiro.

Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.

Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra contra o enclave.

LEIA: ONU declara fome em Gaza: Não há meio termo, a favor ou contra o genocídio