A Sociedade dos Prisioneiros Palestinos, ong de direitos humanos, reportou nesta quinta-feira (28) que ao menos 55 jornalistas palestinos permanecem detidos por Israel, em meio a uma escalada contra a categoria.
Cinquenta foram sequestrados no contexto do genocídio em Gaza, incluindo uma mulher, notou o comunicado.
Conforme a organização, desde outubro de 2023, Israel implementou uma estratégia sem precedentes de ataques a profissionais de imprensa, incluindo prisões e assédio. Cento e noventa e sete jornalistas foram detidos, ao menos brevemente, desde então.
A última prisão é do repórter Usaid Ammarneh, na noite de quarta-feira (27).
O alerta ressaltou que a escalada sistemática de Israel contra a imprensa busca silenciar a cobertura dos crimes, controlar a narrativa e minar a liberdade de expressão de equipes e correspondentes na condução de seus deveres.
A campanha coincide com assassinatos de jornalistas em Gaza, especialmente na última semana, com a morte de cinco repórteres internacionais em um bombardeio ao Hospital Nasser de Khan Younis, transmitido ao vivo.
A maioria dos jornalistas detidos enfrenta acusações relacionadas a suposta “incitação” nas redes sociais ou mesmo a serviço. Muitos seguem em custódia sob o mecanismo de detenção administrativa — sem julgamento ou sequer acusação.
Dentro dos campos israelenses, jornalistas enfrentam a mesma lista de abusos de outros prisioneiros palestinos, como violência física, tortura, fome, negligência médica e mesmo abuso sexual.
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