O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que forças da ocupação permanecerão em solo sírio, ao redor do Monte Hermon, para “proteger” colonatos e cidades na região.
O anúncio corrobora alertas de que Israel busca anexar ilegalmente as terras, mesmo em detrimento de rumores de normalização entre Tel Aviv e o novo governo interino em Damasco, mediadas por Washington.
“Nossas forças seguirão no topo do Monte Hermon e na zona de segurança [sic], para proteger os assentamentos de Golã e da Galileia, das ameaças do lado sírio, como maior lição dos eventos de 7 de outubro”, disse Katz, na rede social X (Twitter).
O Ministério de Relações Exteriores da Síria condenou na segunda-feira (25) a mais recente incursão israelense a seu territórios, com 11 veículos e cerca de 60 soldados na colina estratégica de Tal Bat al-Warda, no Monte Hermon.
Damasco ressaltou que a medida é “violação flagrante da soberania e integridade territorial da República Árabe da Síria” e alertou a uma agenda expansionista da liderança israelense, incluindo escalada na instabilidade regional.
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Israel mantém invasões por terra e bombardeios aéreos na Síria desde a queda da ditadura de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, incluindo a sítios militares e mesmo prédios executivos da capital.
Segundo analistas, os ataques, junto a anexação, refletem um projeto para enfraquecer e dividir o país e expandir a supremacia israelense por toda a região.
Neste entremeio, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e diversos ministros têm utilizado retórica bíblica em busca do que chamam de “Grande Israel”, incluindo terras da Palestina, Líbano, Síria e mesmo Jordânia.
Damasco pede fim da agressão, contudo, sem reação. “Essa escalada perigosa é uma ameaça direta à segurança e paz regional”, insistiu a chancelaria.
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