O exército israelense voltou a invadir a cidade de Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, na manhã desta quarta-feira (27), deixando ao menos 25 palestinos feridos e sitiando a Cidade Velha, reportaram testemunhas à agência Anadolu.
Em comunicado, o Crescente Vermelho da Palestina confirmou que suas equipes trataram 25 pessoas que sofreram de asfixia por gás lacrimogêneo durante as operações, incluindo um paciente internado.
Testemunhas relataram que soldados israelenses incitaram um confronto com dezenas de jovens palestinos em torno da Cidade Velha. Então, responderam a pedras com bombas de borracha, gás lacrimogêneo e mesmo munição real.
Segundo relatos, reforços militares foram posicionados dentro e em torno da cidade, com tropas coagindo famílias a deixar suas residências rumo a postos armados.
Soldados conduziram ainda revistas casa a casa em diversos bairros da cidade.
Na terça-feira (26), o exército israelense deixou a cidade central de Ramallah após horas de violência, com 58 palestinos feridos e três detidos, O Crescente Vermelho identificou oito feridos por arma de fogo, cinco por estilhaços e 14 por balas de borracha.
Trinta e um palestinos foram tratados para asfixia por gás lacrimogêneo.
Desde outubro de 2023, em paralelo ao genocídio em Gaza, ataques de soldados e colonos ilegais israelenses deixaram mais de mil mortos e sete mil feridos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental ocupadas, além de dez mil detidos arbitrariamente.
Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação, ao instar evacuação imediata de colonos e soldados e reparação aos nativos. Israel, porém, desacatou a decisão, com novos avanços.
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