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Protesto contra a fome em Londres toma rua em frente à embaixada de Israel

23 de agosto de 2025, às 13h21

Protesto pró-Palestina em frente à embaixada israelense em Londres, em 22 de agosto de 2025 [Rasid Necati Aslim/Agência Anadolu]

Milhares de manifestantes pró-Palestina se reuniram nesta sexta-feira (22) em frente à embaixada israelense em Londres para denunciar a fome e a catástrofe humanitária em Gaza, reportou a agência de notícias Anadolu.

Houve panelaço para enfatizar a fome entre os palestinos, sob ataques e cerco militar de Israel.

Um pequeno grupo de provocadores sionistas se aglomerou perto da embaixada, mas a polícia interveio em separar as manifestações.

Ben Jamal, diretor da Campanha de Solidariedade Palestina (PSC, em inglês) e um dos organizadores do ato, falou à multidão de frente da embaixada.

“Israel deu início a sua invasão por terra, que forçará um milhão de pessoas a fugir da Cidade de Gaza”, destacou Jamal. “Hoje, Israel Katz, ministro da Defesa, declarou com orgulho, abre aspas: ‘Israel está preparado para abrir os portões do inferno e reduzir a Cidade de Gaza a ruínas’. Barbárie sobre barbárie sobre barbárie e nosso governo não oferece nada além de notas vazias de condenação”.

“O ministro de Relações Exteriores David Lammy se disse moralmente indignado com as ações de Israel”, acrescentou. “Duas semanas atrás, quando se reuniu com Donald Trump, [o premiê britânico] Keir Starmer reconheceu nossa revolta sobre as cenas que vemos em Gaza. Mas não é o bastante para que eles — Lammy e Starmer — parem de vender armas a Israel, de tratá-lo como um Estado normal, em vez do que realmente é: um Estado bárbaro e clandestino que, por conta de seu comportamento genocida, não pertence à comunidade civilizada das nações “.

Na sexta-feira (22), agências das Nações Unidas declararam oficialmente uma crise de fome em Gaza, devido a dois anos de campanha de Israel.

O regime israelense mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 62.300 mortos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome. Dentre as fatalidades, dezoito mil são crianças.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade conduzidos em Gaza.

O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.