Palestina insta Unesco a proteger sítios arqueológicos de pilhagem israelense

3 meses ago

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Cidade milenar de Sebastia, na região de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 30 de julho de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

O Ministério de Relações Exteriores da Palestina, em Ramallah, instou a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) a assumir responsabilidade em proteger sítios arqueológicos palestinos dos avanços coloniais israelense, reportou nesta quinta-feira (21) a agência de notícias Anadolu.

Em comunicado, a chancelaria denunciou uma decisão de Tel Aviv de classificar 63 sítios patrimoniais na Cisjordânia como “patrimônio israelense”, ao caracterizar a medida como violação flagrante da lei internacional, bem como da Convenção de Genebra.

“Essa medida coincide com uma ideologia colonial do regime ocupante, com objetivo de aprofundar a anexação gradual da Cisjordânia, manipular sua identidade e patrimônio e impor novos aspectos a sua realidade geográfica e demográfica”, reiterou.

A pasta descreveu a apreensão ilegal dos locais como “um dos maiores atos de pirataria e roubo de terras palestinas para fins puramente coloniais, sob pretextos falsos alheios a quaisquer evidências históricas ou documentadas para sustentá-los”.

“Trata-se de um crime aberto de falseamento da história e do presente”, acrescentou.

O ministério instou a comunidade internacional, incluindo a Unesco, a “expor os crimes e contrapor a narrativa israelense, que busca consolidar a presença colonial ilegal e tomar controle dos patrimônios, no coração de aldeias e cidades palestinas”.

As medidas, advertiu, “minam a possibilidade de se estabelecer um Estado palestino, na tentativa de apagar e alterar a identidade de seus lugares históricos”.

Na quarta-feira (20), o Instituto de Pesquisa Aplicada de Jerusalém (ARIJ), ong palestina, reportou que o exército ocupante declarou ilegalmente 63 sítios arqueológicos em terras ancestrais da Cisjordânia como “patrimônio israelense”.

Conforme o instituto, a expropriação histórica — parte de uma política de memoricídio — já abrange 2.400 sítios patrimoniais palestinos apenas na Cisjordânia ocupada.

A medida coincide com escalada colonial, incluindo pogroms na região, com mais de mil palestinos mortos, sete mil feridos e dez mil aprisionados arbitrariamente, desde outubro de 2023, paralelamente ao genocídio em Gaza.

Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, admitiu em decisão histórica a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao instar evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.

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