Metade dos israelenses apoiam ocupação e deslocamento em Gaza, revela pesquisa

4 meses ago

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Blindados israelenses na fronteira com Gaza, em 20 de maio de 2025 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Uma nova pesquisa de opinião revelou que 49% dos israelenses apoiam a total ocupação de Gaza, com deslocamento de palestinos e estabelecimento de assentamentos ilegais, em violação da lei internacional.

Segundo consulta do Instituto Summit, publicada nesta quinta-feira (22) pelo website em hebraico Walla, cerca de 44% dos entrevistados apoiam, em contrapartida, retirada plena ou parcial de tropas coloniais de Gaza.

A pesquisa confirmou polarização entre governistas e oposicionistas. Mais de dois terços (71%) dos eleitores da coalizão apoiam a ocupação, contra 17% do lado oposto.

Em detalhes, dentre a coalizão, eleitores do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, demonstram menor proporção (69%) contra 80% do Sionismo Religioso e até 89% dos eleitores do Shas.

Entre a oposição, surge um contraste: quase metade (49%) apoia retirada completa, com criação de uma “zona neutra” um quilômetro adentro do enclave, contra 28% que apoiam retirada gradual em dois ou três anos.

A ocupação, todavia, é ilegal em todas as circunstâncias. Análises externas demonstram que a apreensão é ora logística, ora de relações públicas, sem necessariamente enfoque nas vidas palestinas sob genocídio há quase dois anos.

Pesquisadores apontam divergências pragmáticas, mas favorecimento de Estado — não governo — a práticas e políticas coloniais de apartheid e limpeza étnica.

Em Gaza, são 62 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob sítio militar e destruição generalizada. Nesta quinta, as condições em Gaza foram declaradas oficialmente como fome endêmica por indicadores filiados às Nações Unidas.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.

O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

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