O Comitê de Apoio aos Jornalistas, radicado em Genebra, confirmou na terça-feira (19) ter documentado ao menos 536 violações contra entidades e trabalhadores de imprensa na Palestina ocupada, apenas no primeiro semestre de 2025.
A vasta maioria das violações é atribuída a soldados e colonos israelenses, com aumento de quase 50% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em nota divulgada após recente encontro em Beirute, que resultou no relatório semestral, a organização destacou que entre as violações estão os assassinatos de 56 jornalistas na Faixa de Gaza.
De acordo com o dossiê, quinhentas e cinco violações foram cometidas por Israel, contra 26 atribuídas a partes palestinas esparsas.
O relatório notou também duas violações constituídas no bloqueio arbitrário de conteúdo nas redes sociais e três violações não-identificadas.
O comitê enfatizou aumento alarmante nos abusos contra a categoria, ao configurar uma degradação preocupante da liberdade de imprensa na região, em paralelo ao genocídio de Israel em Gaza, com 62 mil mortos — 230 jornalistas — em quase dois anos.
Fundado em 2016, o grupo genebrino constitui um coletivo de profissionais de imprensa, em forma de iniciativa independente, sem fins lucrativos, voltada a defender o direito de repórteres, redatores, fotógrafos, cinegrafistas e outros.
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