Com cerca de 42 mil protestos pró-Palestina desde outubro de 2023, ao refletir uma onda sem precedentes de solidariedade na Europa, a Aliança Global pela Palestina (GAFP, em inglês) anunciou para 6 de setembro o Dia Global de Ação por Gaza, com chamados para tomar as ruas, em protesto unificado contra o genocídio cometido por Israel.
O anúncio sucedeu a conferência inaugural da aliança, em Londres, no mês de julho, que reuniu representantes de 25 países e 65 organizações.
A iniciativa transnacional busca converter a solidariedade global pela Palestina em ações políticas coordenadas.
No Dia de Ação Global, manifestantes devem se reunir em praças públicas e na frente de repartições de governo, embaixadas e sedes corporativas, para reivindicar um cessar-fogo imediato e permanente, bem como fim do cerco e justiça pelos crimes perpetrados pelo Estado de apartheid.
Estão previstas marchas, vigílias, manifestações artísticas e momentos de silêncio pelas vítimas, como parte de uma mobilização contra o genocídio.
Anas Altikriti, chefe interino do Comitê Executivo, ressaltou a importância das iniciativas: “Não são apenas manifestações, mas um chamado coletivo. Em 6 de setembro, pessoas de todos os cantos do mundo se reunirão para exigir o fim do genocídio e a retomada dos direitos fundamentais para os palestinos. É um lembrete de que silêncio é cumplicidade, de que a ação global contínua é crucial para contestar a ocupação e sua matança”.
O comitê abrange ativistas proeminentes, dentre os quais Mustafa Barghouti (Palestina), Jeremy Corbyn (Reino Unido), Gerry Adams (Irlanda), Varsha Gandikota-Nellutla (Índia), Angelo Bonelli (Itália), Yanis Varoufakis (Grécia) e Ronnie Kasrils (África do Sul).
A aliança convocou organizações de base, sindicatos, movimentos estudantis, redes da sociedade civil e congregações religiosas a coordenar ações em suas respectivas cidades para pressionar governos e instituições cúmplices com a ocupação.
Organizadores instam não apenas protestos de massa para o Dia de Ação Global, como impulso renovado em apoio à causa palestina.
Nos últimos meses, centenas de milhares tomaram ruas de Londres, Paris, Joanesburgo, Nova York, Kuala Lumpur, Santiago e outros, pelo fim do cerco e bombardeios. Na cidade de São Paulo, em junho, cinquenta mil pessoas protestaram no maior ato brasileiro desde a deflagração da catástrofe em Gaza.
Ao chamar a ação global, a aliança pró-Palestina busca emitir uma mensagem unívoca: o mundo pode seguir em silêncio frente ao genocídio.
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