O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, saudou o recente aval do governo de um plano de expansão colonial a leste da Cisjordânia ocupada, a fim de seccionar norte e sul do território e inviabilizar um eventual Estado palestino.
A aprovação ignorou alertas internacionais sobre os riscos à chamada solução de dois Estados, de iniciativa ocidental.
Na quarta-feira (20), declarou Smotrich: “Estamos retirando da mesa a ideia de um Estado palestino, não com palavras, mas ações”. Para ele, o novo assentamento representa “um novo prego no caixão deste sonho perigoso”.
Em sua resposta preliminar, a Autoridade Palestina condenou a decisão, ao observar que levará ao isolamento das comunidades ocupadas em enclaves ou bantustões, em áreas desconexas, “semelhantes a verdadeiras prisões”.
Diante das ameaças, a gestão semiautônomo em Ramallah pediu ação urgente de países estrangeiros em reconhecimento da Palestina, como forma de conter avanços.
Smotrich é colono ilegal radicado na Cisjordânia e proponente da tese de “Grande Israel”, com anexação de terras não apenas palestinas, como Líbano, Síria e Jordânia.
Israel intensificou avanços em paralelo ao genocídio em Gaza, com mil mortos, sete mil feridos e dez mil aprisionados arbitrariamente sob invasões militares e pogroms coloniais na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas.
Em julho de 2024, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, admitiu a ilegalidade da ocupação israelense nos territórios de 1967, ao instar evacuação imediata de colonos e soldados, bem como reparações aos nativos.
Em setembro passado, a medida avançou a resolução da Assembleia Geral, com maioria absoluta dos votos e prazo de um ano para ser implementada.
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