Forças israelenses detiveram nesta segunda-feira (18) o ministro da Cultura da Autoridade Palestina, Imad Hamdan, junto de assessores, durante sua visita a Kafr Ni’ma, a oeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, reportou a imprensa local.
O incidente sucedeu um ataque de colonos à delegação ministerial, confirmou a agência de notícias palestina Wafa.
Segundo relatos, colonos ilegais agrediram funcionários da pasta, impediram seu acesso a jovens da comunidade de Kafr Ni’ma e apreenderam celulares e documentos.
Hamdan reiterou, contudo, que as “práticas arrogantes” de soldados e colonos “somente fortalecerão a determinação em apoiar a juventude e suas iniciativas e manter atividades culturais apesar de todos os obstáculos impostos pela ocupação”.
Colonos realizaram ao menos 466 ataques contra palestinos e suas propriedades apenas em julho, na Cisjordânia, com quatro mortos e deslocamento compulsório de 50 famílias de duas comunidades beduínas na região.
No contexto do genocídio em Gaza — com 62 mil mortos e 155 mil feridos —, mais de mil palestinos foram mortos e sete mil feridos sob incursões militares e pogroms coloniais na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas.
Em julho de 2024, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, admitiu a ilegalidade da ocupação israelense nos territórios de 1967, ao instar evacuação imediata de colonos e soldados, bem como reparações aos nativos.
Em setembro passado, a medida avançou a resolução da Assembleia Geral, com maioria absoluta dos votos e prazo de um ano para ser implementada.
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