O exército da ocupação israelense avalia convocar entre 80 mil e cem mil reservistas nas próximas semanas, para executar o plano do governo para ocupação plena da Cidade de Gaza, reportou a imprensa local nesta quinta-feira (14).
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Na última semana, o gabinete de segurança de Israel acatou o plano do premiê Benjamin Netanyahu para ocupar Gaza, sob forte repúdio internacional.
Segundo o jornal hebraico Yedioth Ahronoth, Eyal Zamir, chefe do Estado-maior, deferiu o “quadro geral” da proposta, ao emitir convocatórias na ordem de milhares.
Zamir se opôs publicamente ao plano — ao ponto de acusar a família Netanyahu de pedir sua cabeça —; contudo, capitulou às medidas.
Conforme relatos, novas discussões serão realizadas nos próximos dias sobre detalhes e cronograma da ação, prevista para seguir por ao menos um ano, até o fim de 2026.
Israel ignora apelos internacionais por cessar-fogo, ao manter ataques indiscriminados a Gaza, com ao menos 62 mil mortos, 155 mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco, destruição e fome.
Em novembro passado, o Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitiu mandados de prisão contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.








