Veteranos israelenses acusam ministro da Defesa de ‘politizar’ o exército

4 meses ago

Warning: foreach() argument must be of type array|object, null given in /www/wwwroot/monitordooriente.com/wp-content/plugins/amp/includes/templates/class-amp-post-template.php on line 236
Batalhões israelenses na fronteira com Gaza, em 13 de dezembro de 2023 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

Veteranos israelenses acusaram o ministro da Defesa, Israel Katz, de “politizar” o exército, ao indeferir uma série de nomeações do chefe de Estado-maior, Eyal Zamir. A denúncia se deu em contato com a rádio militar Kan, ao notar ineditismo.

“Indicações das Forças de Defesa de Israel [FDI, sic] devem ser feitas conforme a cadeia de comando, conforme a hierarquia”, afirmaram os oficiais.

Segundo a denúncia, trata-se de afronta do executivo à autoridade de Zamir, com risco de repercussões institucionais.

Oficiais militares têm acusado Katz de pressionar Zamir a capitular a planos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em relação a Gaza, incluindo ocupação integral, a despeito de carências logísticas e de pessoal.

Zamir é eloquente em críticas ao plano, apesar de favorável ao genocídio. Zamir contradiz também o gabinete sobre o alistamento compulsório de judeus ultraortodoxos, sobretudo diante da demanda de centenas de milhares para condução do esquema.

Segundo o jornal israelense Haaretz, Katz — nomeado por Netanyahu para substituir Yoav Gallant, por divergências políticas — desaprova o “estilo de trabalho” de Zamir, ao insistir que, após o fracasso de 7 de outubro, o círculo político supervisione o exército.

As disputas refletem crise interna em Israel, somado a manifestações de massa, após 22 meses de campanha militar em Gaza sem avanços consideráveis, com impacto inédito na diplomacia e relações públicas do regime ocupante.

Netanyahu e Gallant são foragidos em ao menos 120 países, sob mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, emitidos em novembro, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.

O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

Sair da versão mobile