Egito e Jordânia treinam polícia da Autoridade Palestina para envio a Gaza

4 meses ago

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Ministro de Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, em 9 de agosto de 2025 [Mohamed Elshahed/Agência Anadolu]

O ministro de Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, afirmou nesta quarta-feira (13) que seu governo concluiu listas para que policiais a serviço da Autoridade Palestina (AP) recebam treinamento egípcio e jordaniano para envio a Gaza, a fim de suprir um eventual vácuo de segurança no território sitiado.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Abdelatty disse à emissora DMC TV que cerca de cinco mil policiais colaboracionistas serão treinados no Egito, incumbidos de Gaza em um suposto pós-guerra.

O Cairo, observou Abdelatty, deve receber, neste contexto, uma conferência internacional para abordar a reconstrução de Gaza, incluindo anúncios sobre nova proposta de cessar-fogo e administração do enclave conforme os termos em negociação.

O chanceler insistiu que um acordo foi alcançado sobre 15 figuras proeminentes de Gaza a administrarem o enclave por seis meses, após o qual a gestão deve recair à Autoridade Palestina — “único órgão legítimo com direito de governar Gaza”.

Egito e Catar se engajam na mediação de negociações de cessar-fogo, incluindo um plano de gestão pós-guerra e pós-Hamas, conforme demandas internacionais. O grupo palestino enviou uma delegação ao Cairo nesta semana, para debater os termos.

Na segunda-feira (11), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Gaza será comandada por uma “gestão civil não-israelense”, apesar dos planos aprovados por seu gabinete para reocupação plena do território.

Segundo o premiê, contudo, a administração será repassada a terceiros — “não o Hamas, nem a Autoridade Palestina”.

Netanyahu é acusado de procrastinar a guerra em causa própria, sob receios de colapso de seu governo e eventual prisão por fraude, improbidade e corrupção nos três processos em curso na Justiça israelense.

O primeiro-ministro — junto do ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant — é também foragido em 120 países, sob mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), radicado em Haia, emitido em novembro, por crimes de guerra e lesa-humanidade em Gaza.

Neste entremeio, no enclave, são ao menos 62 mil mortos pelas ações de Israel, além de dois milhões de desabrigados sob cerco, destruição e fome.

O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) — também em Haia —, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

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