Israel inicia obras de nova estrada do apartheid ao norte de Jerusalém ocupada

4 meses ago

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Assentamento ilegal de Karmel, perto de Masafer Yatta, na região de Hebron, na Cisjordânia ocupada, em 7 de agosto de 2025 [Mosab Shawer/AFP/Getty Images]

Autoridades da ocupação israelense iniciaram as obras de uma rodovia de uso exclusivo a colonos ilegais a nordeste de Jerusalém Oriental, reportou neste domingo (10) o governo palestino da província em comunicado oficial.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

A nota observou que tratores israelenses inauguraram os esforços na aldeia palestina de Hizma, sob escolta militar.

Segundo o alerta, as obras constituem “crime com intuito de alterar as características da região, a fim de lhe impor supremacia judaica”.

“O regime israelense continua a acelerar a expropriação de terras, ampliar a expansão de assentamentos e praticar os crimes mais hediondos de limpeza étnica contra os cidadãos palestinos de Jerusalém e de toda a Área C — em flagrante desafio a todas as resoluções das Nações Unidas”, prosseguiu o comunicado.

A Área C, que compreende quase 61% da Cisjordânia, segue sob controle civil e militar de Israel, desde a partilha da região sob os Acordos de Oslo.

As obras de apartheid, indicou a nota, coincidem com esforços israelenses para alterar e subjugar “as realidades demográfica, histórica, política e legal da Cisjordânia — incluindo Jerusalém Oriental —, a fim de impedir o estabelecimento de um Estado palestino e minar o plano de dois Estados”.

Segundo o Comitê para Resistência à Colonização e ao Muro, Israel construiu ao menos 710 assentamentos e postos avançados ilegais na Cisjordânia ocupada desde 1967 — um a cada oito quilômetros quadrados.

Desde o início do genocídio em Gaza, em outubro de 2023, forças israelenses mataram ao menos 1.024 palestinos na Cisjordânia, além de sete mil feridos e dez mil presos políticos — detidos arbitrariamente, muitas vezes sem julgamento ou sequer acusação.

Em julho de 2024, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação no territórios palestinos de 1967, ao reivindicar a evacuação imediata de colonos e soldados e reparações aos nativos.

Em setembro, a medida evoluiu a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, por maioria absoluta dos votos e com prazo de um ano para ser implementada — porém, sem anuência israelense até então.

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