Liga Árabe e blocos islâmico e do Golfo condenam ocupação de Gaza

4 meses ago

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A Organização de Cooperação Islâmica (OIC), o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e o Comitê Ministerial da Liga Árabe emitiram neste sábado (9) um comunicado conjunto em condenação aos planos israelenses para ocupar integralmente Gaza.

As organizações rejeitaram categoricamente o plano aprovado por Tel Aviv nesta sexta — incluindo pleno controle do enclave, deslocamento de ao menos um milhão de pessoas e ataques intensificados a zonas residenciais e campos de refugiados.

Conforme a nota, trata-se de violação da lei internacional, “grave escalada e continuidade da ocupação”.

As entidades reiteraram que “massacres, fome, deslocamento à força, anexação de terras e terrorismo colonial” seguem em curso em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém ocupadas, de modo a constituir crimes flagrantes de lesa-humanidade.

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Ademais, argumentaram que tais políticas eliminam “chances de paz” e minam esforços regionais e internacionais.

O comunicado pediu “cessação imediata dos ataques de Israel a Gaza e das gravíssimas violações na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental”, assim como fluxo humanitário a Gaza, urgente e incondicional.

A nota, no entanto, saudou supostas iniciativas de cessar-fogo e troca de prisioneiros dos Estados Unidos, Egito e Catar, ao convocar membros das instituições a uma conferência para reconstrução no Cairo.

Os signatários concluíram ao responsabilizar Israel pelos crimes cometidos em Gaza, ao instarem membros-permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas a cumprirem seus deveres legais e humanitários sobre a questão.

Os blocos somam juntos 57 países, incluindo regimes com laços normalizados com Israel — como Bahrein, Emirados Árabes Unidos (EAU), Jordânia e Egito, além de membros não-regionais. Além disso, representam 1.9 bilhão de pessoas.

Tel Aviv ignora apelos internacionais ao manter ataques indiscriminados a Gaza há quase dois anos, com mais de 61 mil mortos e dois milhões de desabrigados sob cerco, devastação e fome. As vítimas são, em maioria, mulheres e crianças.

A campanha descarrilou avanços nos últimos anos de aproximação de Israel com regimes árabes, em detrimento das demandas palestinas, sobretudo Arábia Saudita.

O Estado israelense é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

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