Roubo israelense de terras greco-ortodoxas na Cisjordânia repercute em Atenas

4 meses ago

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A recente expropriação de propriedades da Igreja Greco-Ortodoxa na Cisjordânia ocupada, por colonos ilegais israelenses, repercutiu em Atenas, reportou a agência de notícias Anadolu.

Segundo o jornal Kathimerini, autoridades da Grécia expressaram apreensão sobre invasões de terras eclesiásticas por colonos, sobretudo nos arredores do Monastério de São Gerâsimo do Jordão, perto da cidade de Jericó.

Tensões na região escalaram nos últimos dois anos, no contexto do genocídio em Gaza. Ao menos cinco postos coloniais — como preparativo a novos assentamentos — foram instaurados em Jericó, via roubo de terras.

O governo em Atenas, conforme os relatos, convocou uma reunião de alto escalão para avaliar a conjuntura, incluindo avanços israelenses contra propriedades tuteladas pelo Patriarcado Greco-Ortodoxo de Jerusalém.

Em julho, colonos invadiram a Igreja de São Jorge (al-Khader), construída pelos bizantinos no século IV, na aldeia de Taybeh, a leste de Ramallah. As ações coincidem com incêndios criminosos, saques e expropriação de terras cristãs palestinas. 

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Uma delegação de diferentes congregações visitou a região, incluindo Pierbattista Pizzaballa e Teófilo III, patriarcas Latino e Greco-Ortodoxo de Jerusalém, além do vigário-geral da Custódia da Santa Sé, padre Ibrahim Faltas. 

O grupo encaminhou um dossiê sobre os ataques detalhado ao Vaticano, encaminhado ao Papa Leão XIV, sucessor de Francisco.

Israel mantém uma escalada na Cisjordânia ocupada, com ao menos mil mortos, paralelamente ao genocídio em Gaza, desde outubro de 2023. Os ataques, com intuito de limpeza étnica, abrangem comunidades palestinas cristãs e muçulmanas.

Em julho de 2024, em decisão histórica, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, reconheceu a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao instar evacuação de colonos e soldados e reparações aos nativos.

Em setembro, a medida evoluiu a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com maioria absoluta dos votos e prazo de um ano para ser implementada — entretanto, sem assentimento israelense até então.

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